Em tempos de desafios é necessário ser particularmente imaginativo de modo a poupar e a aproveitar o orçamento da melhor maneira possível.
Os Departamentos Financeiros das empresas, sejam internos, sejam em outsorcing, são muitas vezes considerados como os mensageiros da desgraça.
São os que barram as decisões de investimento, são os que decidem onde apostar, são os portadores de más noticias quando existem problemas de cashflow, são os que se queixam do excesso de custos que a empresa tem, procuram alertar para determinado perfil de cliente, enfim… um sem número de problemas.
No entanto, os “financeiros” constituem a área vital da empresa! Quer queiramos, quer não, o dinheiro é o Rei.
Trabalhamos com muitas empresas no sentido de envolver ao máximo a área Financeira, pois são uma peça fundamental em toda a atividade. Podem contribuir para a produção de relatórios financeiros adequados a cada área da empresa, com os indicadores necessários e imprescindíveis para análise em cada sector, fazendo com que não só o departamento de marketing saiba onde e como apostar, como o Departamento de Vendas entenda a necessidade das cobranças.
Então como podemos fazer para gerar mais cashflow?
1. Aumente as suas reservas e esteja preparado para aproveitar oportunidades
Esta é a altura ideal para poupar. Criar um sólido fundo de reserva não só permite apostar em bens de qualidade no próximo ano, como o ajudará a negociar com os fornecedores.
2. Reduza o “Cash Gap”
Muitas empresas lidam com este enorme desafio – o “cash gap” ou intervalo de tesouraria. Ou seja, o intervalo de tempo em que a empresa ainda não recebeu o dinheiro dos clientes, mas tem de pagar de imediato aos fornecedores, ou logística e produção.
Como reduzir este intervalo?
Como coaches, trabalhamos com empresas de qualquer dimensão implementando estratégias muito direcionadas na redução deste intervalo…
1. Requerer sempre pronto pagamento, na totalidade ou de parte do valor, de uma compra ou projeto
2. Acabar projetos atempadamente para que possam ser cobrados prontamente
3. Faturar imediatamente após o término de um projeto ou trabalho
4. Sistematizar ao máximo o processo de faturação
5. Propor pagamento a 15 dias em vez de 30
6. Fazer constante follow up das faturas em atraso
7. Dar um desconto de 2 a 5 % por pronto pagamento
8. Cobrar juros sempre que o atraso se justificar
9. Recorrer, se necessário, ao Factoring
10. Comprar sempre que possível à consignação
11. Negociar prazos de pagamentos mais longos com os seus fornecedores, tendo em conta aumento de compras, se tal for interessante
3. Conheça os seus números
Muitas empresas contam apenas com o dinheiro que têm no banco ou em investimentos e esquecem o que tem necessidade de ser transferido de e para.
A criação de uma folha de seguimento semanal permite saber os movimentos que estão para acontecer, como se preparar para tal, como gerir o que tem, e o que está à espera de ter.
Nunca esqueça os impostos existentes e prepare sempre uma conta à parte para imprevistos. Cuidado com o cálculo do lucro e das capacidades de investimento.
4. Gestão de Despesas
O exercício mais difícil é conseguir cortar nas despesas em 10%.
– Renegociar melhores margens com os fornecedores
– Testar e medir todo o tipo de ação de marketing e mudar ou parar toda a ação que não esteja a converter-se em lucros
– Renegociar com fornecedores externos, como telefone, internet, telemóvel e outros
– Controlar as contas
– Gerir a produtividade – rever onde existem “bottlenecks” na sua cadeia de valor
– Adiar todos os maiores investimentos e negociar sempre as melhores condições possíveis.
– Comprar menos, mas com maior qualidade.
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