Alguma vez já teve um dia assim?
Quando chegamos ao trabalho tivemos um começo de dia atribulado, ou porque o Joãozinho nos deu uma noite péssima, ou porque o despertador não tocou (não, não fomos nós que adormecemos), ou porque o trânsito estava impossível…
À hora de almoço tivemos uma manhã atribulada, ou porque o fornecimento não chegou, ou porque tivemos uma urgência e não fizemos a reunião de equipa, ou porque a melhor proposta não foi adjudicada.
Quando deixamos a empresa ao final da tarde estamos 50% esgotados / 50% frustrados, porque ainda não foi hoje que pensámos as linhas de orientação estratégica, que revisitámos o plano de ação, que fizemos prospeção ou que contactámos aquele novo parceiro…
E quase à noite, quando voltamos a casa, pedimos desculpa à família por ser tão tarde, é que… adivinhem? Tivemos um dia atribulado!
Pois…
O que não é atribulado hoje em dia?
Experimente no seu motor de busca da internet fazer uma pesquisa com a palavra “atribulado”. Eis alguns exemplos do que vai encontrar: dia atribulado, viagem atribulada, lançamento atribulado, mercado atribulado, ensino atribulado, casamento atribulado, ano atribulado… até os nascimentos são atribulados!
E até quando é que nos vamos permitir continuar a chegar a casa com a tal sensação de meio esgotados, meio frustrados? Que resultados estamos a obter? E que resultados não estamos a ter e precisamos de ter?
Não se foque no que corre mal, no que o impede ou puxa para trás…
Raro, mas elementar!
Se um dia pudesse ter um dia não atribulado, como o ocuparia?
Numa altura em que todos se queixam de falta de tempo, é frequente no desenrolar dos nossos programas questionarmos os líderes e respectivas equipas para que queriam ter mais tempo e o que fariam nesse tempo que ainda não têm. E o curioso é que uns precisavam de mais tempo, mas ainda não perceberam bem para quê, e outros ditam um chorrilho de actividades que infelizmente nunca se vislumbram na sua agenda semanal…
Se não estamos interessados em passar o resto da vida neste nível de ansiedade e incapacidade, é imprescindível parar de correr, distanciarmo-nos da louca espiral do dia-a-dia e trazer à nossa agenda o que nos pode fazer ir mais longe. Se não consegue ganhar esta distância no local de trabalho, fuja de vez em quando, fique a trabalhar de casa, faça-o num local que lhe permita ser mais criativo, leve a equipa consigo…
É absolutamente necessário ter pelo menos 1/2 dia não atribulado por semana, para pensar o negócio. Foque-se no conjunto de coisas que nunca são urgentes, mas que são importantíssimas para começar a mudar o futuro da sua empresa agora!
1 – Estratégia & Planeamento
Se ainda não “desfranziu” o sobrolho, porque se está a lembrar do último dossier de lombada larga que positivamente arquivou sobre este tema, faça-o. Não precisa de criar um monstro, ou quer perder ainda mais tempo? Alguém lhe disse que não podia ter um documento de uma página?
Mas uma coisa é certa, o que não pensar, estruturar ou planear não vai aparecer feito. Não estou a falar consigo, mas acredita que estamos em 2011 e ainda há empresas que não definiram os objectivos para este ano – as linhas de actuação pelas quais os colaboradores já se deveriam estar a guiar.
E se, por acaso, ainda tiver essa tal página em branco… enriqueça-a o quanto antes. Envolva a equipa numa sessão de brainstorming e defina as macro-metas do ano e um plano para as operacionalizar.
2 – Liderança e Gestão da Equipa
Para podermos colher, é preciso semear e nutrir. Não estamos em maré de favas contadas. Talvez não seja preciso trabalhar mais, mas é seguramente preciso trabalhar melhor.
Se há menos resultados e restrições orçamentais, é fundamental contar com uma equipa motivada e focalizada, capaz de se reinventar e disponível para abraçar uma abordagem refrescada e criativa ao trabalho. Mas, para isso, é preciso que partilhem da mesma visão e que se revejam no exemplo que vem dos seus líderes.
Quando foi a última vez que se reuniu com a equipa? Tem facilidade em delegar? Quando decorreu a última sessão de teambuilding?
3 – Seguimento de Resultados e Inovação
Chamamos-lhe fechar um ciclo e iniciar outro…
Avalie objectivamente os resultados e o desempenho da equipa. Se não seguimos o que lançamos, não só não nos damos conta do que não aconteceu, como não percebemos o que poderíamos ter feito de diferente no processo para ter melhores resultados. E se nem nos damos conta dos desvios, como é que vamos estar à altura do desafio de os corrigir?
Por outro lado, para que uma ideia dê certo, é preciso lançar dez relativamente às quais estejamos disponíveis para correr o risco… Já escolheu as próximas a implementar?!
Vamos, DINAMIZE…
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