Quantos pontos de apoio condicionam o equilíbrio e sucesso de cada um?
Recorremos muitas vezes à analogia de um banco de três pernas, em que todas elas precisam de determinada dimensão e robustez para lhe dar sustentação.
Tal como o banco não pode prescindir de uma única perna, o ser humano necessita de 3 vertentes-chave para singrar: Intenção, Objetivos e Determinação. Vamos explorá-las um pouco melhor!
Intenção
Que força imprimimos àquilo que queremos? Qual a nossa vontade de transformar sonhos em realidade? Estamos mesmo convictos de que o futuro está nas nossas mãos?
Já pensou no que caracteriza as pessoas de sucesso? Independentemente das suas características físicas, país de origem, cultura ou formação académica, têm seguramente em comum o poder de acreditar, uma postura vencedora e um carisma invulgares.
Mas de onde vem a força das nossas intenções? É genético, depende do ADN de cada um? Pois… Mesmo que assim seja, a disciplina na focalização nos resultados pretendidos, a visualização do futuro como se fosse real no presente e o filtro de opiniões de terceiros que em nada ajudam, contribuem indiscutivelmente para a intensificação da intenção e reforço de uma postura mais positiva.
Cada indivíduo tem ao seu dispor um conjunto de passos que ajudam a reforçar a intenção, aqui ficam alguns:
- libertar pensamentos e sentimentos negativos;
- exercitar a capacidade de filtrar pensamentos, linguagem e situações negativas, mesmo que estes surjam da família ou dos que consideramos os nossos grandes amigos;
- pensar positivamente, repetindo diariamente frases favoráveis sobre si próprio – “Eu sou…”
- visualizar o que pretende como se de um filme se tratasse: mais do que ter imagens coloridas, o movimento torna a situação mais presente e o subconsciente vai encarregar-se de enviar reforços positivos à sua mente;
- associar a emoção a cada situação do filme, como se já a estivesse a viver; os sentimentos de alegria e de meta alcançada vêm fixar a intenção.
Às vezes é uma questão de começar, de perder o ceticismo relativamente ao que achamos que não resulta, de ganharmos a tal disciplina necessária para passar do primeiro passo… Quanto mais viva a intenção, maior firmeza vamos ter para chegar aos objetivos pretendidos.
Dos Sonhos aos Objetivos
Mas onde nos leva a nossa intenção? Esmiuçar os sonhos definindo metas palpáveis e objetivos específicos, passíveis de atingir num determinado horizonte temporal, é a segunda vertente que pretendemos comentar, ou seja, a segunda perna do banco.
O contexto externo e interno, a visão que temos para a nossa vida e para o nosso trabalho e o papel que chamamos a nós nesse processo determinam os objetivos que definimos no longo, médio e curto prazo.
Definir objetivos em que plano? Pessoal ou profissional? Nos dois. Somos pessoas de hábitos, em que a coerência é fundamental. Se não tivermos metas pessoais específicas corremos o risco de esvaziar o plano profissional e a algumas delas só chegamos se profissionalmente atingirmos determinadas realizações. Inversamente, alcançar objetivos profissionais com a nossa componente pessoal abalroada é algo que poderá estar comprometido na origem. Este alinhamento do que pretendemos atingir pessoal e profissionalmente é absolutamente fundamental.
Tipicamente achamos que a intuição e o tempo, só por si, nos levam aos objetivos. Desengane-se… tendemos a sobrestimar o que temos capacidade para fazer num ano e a subestimar o que poderemos fazer em dez… Queremos influenciar o nosso tempo ou que o tempo passe por nós?
A questão fulcral é que cada meta pressupõe que se concretizem uma série de iniciativas, pelo que há que planeá-las como se de um projeto se tratasse. Com um plano eficaz, estão criadas as condições para fazer acontecer as coisas de forma tranquila e com a determinação necessária, sem que nada nos passe ao lado.
Determinação
Como pretendemos atingir as metas a que nos propusemos? Como partimos para a ação? Temos garra ou desistimos frequentemente? Conseguimos manter a disciplina necessária?
A determinação não é mais do que a energia que nos permite fazer acontecer os planos definidos, transformando a intenção em realidade. Mas não é à toa que esta costuma ser a perna mais coxa do nosso banco…
Também nesta vertente há algumas dicas que se podem seguir, como sejam:
- refletir sobre experiências passadas, as que correram bem e as que correram menos bem;
- perceber o que deu origem às últimas desistências e porquê;
- ler livros ou ir a workshops de desenvolvimento pessoal;
- ser congruente no reforço da determinação, também ao nível da aquisição de competências: se a sua lacuna é organização ou gestão de tempo, fazer um curso de gestão de tempo; se for liderança ou algumas componentes base da gestão do negócio, porque não fazer um mini MBA?;
- selecionar uma pessoa que admire ou uma grande personagem, fazer espelho dessa pessoa ou ler livros relacionados com essa personagem;
- reforçar positivamente cada conquista ou etapa, comprando um miminho, indo jantar fora, fazendo um programa de fim de semana mais especial,
Muitas vezes andamos perdidos no meio destas vertentes e manter o banco equilibrado não é fácil! Há quase sempre uma das pernas que fraqueja e parece que precisamos daquele empurrão para nos endireitarmos outra vez… Nunca lhe aconteceu?
Tal como disse Nelson Mandela, “A maior glória na vida não reside em nunca cair, mas em levantar-se sempre que se cai”.
É neste contexto que o Coaching é diferenciador, ao contribuir para a busca permanente desse equilíbrio, apoiando a transformação necessária em cada um nesse percurso que se quer de sucesso!
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