Desde que foi inventado em 1920 por um senhor chamado Dickson, o penso rápido tem tido um enorme sucesso. De muitas cores e feitios, é actualmente um objecto essencial e extremamente utilizado, muito para além dos primeiros socorros…
Ou não concorda?
Penso rápido ou… penso lento?
Quando não temos leads corremos que nem doidos a fazer prospecção, quando estamos em risco de falhar um prazo fazemos uma série de horas extra, quando temos um relatório para entregar cancelamos o almoço com um potencial cliente porque surgiu um imprevisto, quando temos que preparar uma proposta cancelamos a reunião com a equipa, quando devíamos planear o dia seguinte saímos a correr porque já devíamos estar em casa…
Na realidade, a sensação de apaga-fogos, bombeiro ou de estar a correr atrás não se sabe muito bem do quê é infelizmente muito mais comum à rotina dos gestores e líderes do que se poderia pensar. Começar o dia às 6 da tarde, quando a equipa sai e as coisas ficam mais calmas é também outra curiosa realidade com que nos deparamos frequentemente na gestão de topo das empresas.
Mas que implicações a prazo têm estes curativos? Remediamos sempre ou tiramos elações para prevenir na vez seguinte?
Campanha “NÃO ao penso rápido!”
E se o nosso dispensador de pensos rápidos avariasse de uma vez? Já pensou se apagar fogos ou tapar buracos não constituíssem alternativas ao seu dispor?!
Então, vamos a isso…
Cultura e Exemplo
- Evite uma cultura de curto prazo, em que não se pense para além do imediato
- Retire o “desenrasca” do dicionário da sua empresa, flexibilidade é uma coisa muito diferente…
- Motive e envolva a equipa, constantemente
- Lidere pelo exemplo, faça uma gestão das prioridades e do tempo de que a sua equipa se possa orgulhar
- Pense no que não necessita de ser feito por si e que esteja a assegurar até agora… perante essa lista, prepare-se para delegar o que lhe é consumidor de tempo
- Tenha paciência para escutar, estar disponível é estar presente de corpo e alma
- Desafie mais a equipa; se não lançarmos desafios, a equipa não os vai seguramente agarrar
Planeamento, Operacionalização e Seguimento - Planeie para garantir que acontece
- Partilhe objectivos e linhas de actuação com a equipa, não adie sucessivamente as reuniões de equipa
- Lance iniciativas novas a cada mês, a cada três meses, mas não arrume as ideias na gaveta
- Meça os resultados das estratégias que lançar; se estes não estiverem em linha com o esperado, abandone a iniciativa, não perca mais tempo (mas certifique-se que a substitui por outra nova de imediato)
- Não abuse do curto prazo; é possível que este lhe pregue alguma partida e fique inesperadamente mais curto por razões muitas vezes alheias à sua responsabilidade ou até do plano pessoal
- Feche o ciclo, dê feedback à equipa do seu desempenho; se não soubermos como está a correr, não poderemos melhorar
- Quando ocupa a sua agenda, deixe tempo de sobra… para as famosas urgências!
- Comece a preparar o futuro… agora! O médio prazo rapidamente se transforma em curto prazo
Processos de Excelência - Forme a equipa, assegure o desenvolvimento de competências
- Não prescinda do que o diferencia dos seus concorrentes
- Invista, melhore os processos, dê ouvidos ao feedback dos seus clientes (deixe de fazer inquéritos de satisfação para os arrumar no dossier na 5ª prateleira)
- Rodeie-se dos melhores parceiros; foque-se naquilo em que é muito bom
- Lembre-se que a excelência começa na 1ª etapa do processo comercial
- Não descure as métricas da actividade comercial
- Não seja dos que fazem um esforço tremendo em pedir testemunhos para depois os arquivar numa pasta da rede
- Não se comprometa com prazos que corre o risco de não cumprir; é preferível surpreender pela positiva e exceder as expectativas do cliente
- E atenção, lembre-se que tudo o que prometer é para cumprir!
Pense nisto, RÁPIDO!!
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