Hoje, gostaria de abordar o tema do crescimento.
Quem não se lembra dos livros aos quadradinhos do Tio Patinhas? Sim, aqueles que tinham um formato tão fantástico que cabiam no meio dos livros de estudo…
Avarento como o Tio Patinhas nunca houve outro igual! Percorreu o mundo inteiro para aumentar a sua riqueza. Quando regressou a Patópolis já era o pato mais rico do mundo, mas tinha mudado, tornara-se duro e hostil e até a própria família o abandonou. Muitas foram as lições que nos deu sobre dinheiro, economia e negócios.
E nas nossas empresas, não teremos por lá uns Tios Patinhas? Será que nós próprios somos o Tio Patinhas de vez em quando? O que é a riqueza da nossa empresa? São as pessoas ou são os resultados que elas nos proporcionam? Como cultivamos essa riqueza?
É curioso que muitas empresas têm tido recentemente um boom fantástico porque, ainda que num período em que continua a ser preciso estar muito focalizado, descobriram a sua riqueza, o que as torna únicas no mercado, o que distingue as suas equipas. Outras, porém, correram atrás de muitas novas situações, os timoneiros desvalorizaram o seu papel de timoneiros perante as equipas, porque estavam demasiado ocupados com os novos rumos da empresa e o que se fazia bem foi totalmente descurado.
Há alturas em que não dá para ser Tio Patinhas! Se as vendas correm mal, se os clientes estão menos fiéis, se há um concorrente novo na porta ao lado, porque é que apertamos os cordões à bolsa no marketing, reduzimos a força de vendas e… cerejinha no topo do bolo, cortamos o orçamento de formação? Não estamos a dizer que seja simples nem fácil, mas desinvestir nestes domínios é comprometer seriamente o futuro…
Outro aspecto crítico tem a ver com o facto de muitas pessoas ainda entenderem que a sua liderança está sempre segura. Não, não está… Ninguém nasce líder, mas um trabalho de anos pode desmoronar-se rapidamente. Não dá para baixar os braços, esteja a correr bem, esteja a correr mal. É que em ambas as situações tendemos a exigir mais e mais das pessoas que nos rodeiam, sem dar nada em troca, nem que seja em termos emocionais! Um reforço positivo sincero nunca fez mal a ninguém.
E quando fazemos um percurso ascendente, como lidamos com o sucesso e com o poder? Em que medida é que isso tem impacto no nosso relacionamento com os nossos pares, com os nossos subordinados, com a Comunidade em que estamos inseridos? Preocupamo-nos em contribuir para o crescimento dos outros? Partilhamos, agradecemos, retribuímos, ajudamos para virmos a ser ajudados?
Não há escadas de sentido único. Na escada empresarial/profissional os degraus estão lá para se subir mas, às vezes, pode acontecer ter que se descer algum e é preciso reaprender a subir…
A Caixa Forte
A Caixa Forte foi construída pouco depois de o Tio Patinhas entrar no mercado de diamantes, altura em que não conseguiu mais dormir, porque o muito dinheiro que guardava debaixo do colchão deixava a sua cama perto demais do tecto… E estamos a falar de um arranha-céus de 12 andares e um cofre cheio com três acres cúbicos de dinheiro, onde estava instalado o maior sistema de segurança do mundo!
Quão forte é a nossa Caixa Forte? Quão seguro é o nosso negócio? Qual é o melhor sistema de segurança do mundo que nós escolhemos diariamente na nossa empresa?
A Caixa Forte não é mais certamente a conta bancária da empresa, os activos físicos e, muito menos, a remuneração de cada um… Se não levarmos ao mercado as propostas de valor de que ele precisa, se não anteciparmos necessidades, se não surpreendermos os nossos clientes com novos posicionamentos, rapidamente ficaremos a descoberto!
Nos nossos programas de Dinamização empresarial, a Caixa Forte chama-se Roadmap Operacional. Haverá algo mais seguro do que ter uma equipa alinhada a fazer acontecer os objectivos e as linhas de orientação estratégica da empresa?
Os Irmãos Metralha, a Maga Patalógica e o Mac Mônei
Recordam-se dos ladrões que estavam sempre a tentar assaltar a caixa forte, da bruxa que queria roubar a moedinha número 1 (a primeira moeda que o Tio Patinhas ganhou com apenas 10 anos) e do segundo pato mais rico do mundo?
Na vida real as coisas não são muito diferentes…
Há sempre alguém a tentar descobrir ou boicotar o segredo do nosso negócio, há sempre alguém a tentar roubar os nossos clientes ou os nossos colaboradores mais talentosos, e há sempre aquele alguém que quer, a qualquer custo, ser melhor que nós.
Ficarmos agarrados à moeda número 1 já não dá! Por melhor ou pior que estejamos, para termos o mesmo patamar de resultados, temos que fazer diferente, fazer melhor… não podemos ficar-nos pelo que sempre fizemos ou lamentar-nos com o habitual “à espera que isto mude”.
Há que dinamizar e potenciar as equipas para que a Caixa Forte se torne verdadeiramente mais forte, a ponto de não estarmos sempre angustiados com qualquer Metralha que possa aparecer.
Ou quer deixar de dormir, como o Tio Patinhas?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.