Na comunicação de facto nem tudo o que parece… é!
Costumamos dizer que as aparências iludem, e no contexto lusitano ainda é mais verdade essa afirmação.
Temos muita preocupação com o que os outros pensam de nós, como nos veem, como nos julgam. O problema é que todos pensam o mesmo, por isso, na prática, ninguém está assim tão interessado em si e na sua vida, pois estão a pensar o que você acha da deles.
Mas em cenários desafiantes, esta necessidade de viver sob aparências ainda é mais crítica. Se por um lado há empresas que vivem uma pobreza encapuçada, outras até estão a viver bons momentos, mas têm receio do que possa transparecer para o mercado.
Mas o que ganhamos com esta postura? Não será lógico pensar de forma positiva quando estamos com sucesso e envolver as nossas equipas na mesma dinâmica? O que ganhamos com o “fado do coitadinho”?
A coisa vai indo…
Esta é das mais escutadas hoje em dia. E para algumas das empresas não deixa de ser verdade. Os resultados são piores do que os do ano passado, as equipas estão perdidas e a navegar à deriva, sem rumo certo.
Se não quiser perder o controlo do seu negócio, não pode deixar que outros decidam o seu futuro por si. Tem de ser capaz de envolver todos os seus colaboradores em projectos diferentes. Mesmo em contextos mais problemáticos, as pessoas precisam de ter um rumo, e o seu esforço tem de ter sentido.
Podia estar pior…
Mas porque nivelamos por baixo em vez de nivelarmos por cima?
Muitos líderes de equipa têm esta postura. A empresa até pode estar com maus resultados, má performance, mas olham em redor e há outros em pior situação. Isso serve-lhe de consolo?
Já parou para pensar porque nos comparamos aos piores e não aos melhores? E que tal aprender com os que estão a ter boas performances?
Se existem empresas no seu setor com bons resultados, tem apenas de aprender com elas! O que estão a fazer e como o estão a fazer. Será que de alguma forma poderemos incorporar algumas das estratégias na nossa empresa?
Não estamos a falar de imitação, mas sim de profunda observação e respeito pelo trabalho dos outros. Se algumas empresas estão a ter sucesso, então temos de aprender de que forma estão a implementar as estratégias, como é que as equipas estão organizadas e aprender com os nossos erros.
Nivelar por baixo dá origem a equipas menos ambiciosas, colaboradores mais desiludidos e menos dispostos a lutar pela empresa.
Vamo-nos aguentando…
Por vezes é preciso ter a coragem e a sabedoria para saber quando desistir!
Muitas empresas, especialmente PME, arrastam-se muitas vezes à custa da saúde, esforço, descapitalização, despedimentos, excesso de trabalho e ruturas!
Se tudo o que podia ser tentado já foi feito, tem de haver a coragem de parar. Fechar uma empresa é uma decisão quase tão empreendedora e corajosa como abrir uma. E muitas vezes as causas que levaram a esse desfecho dependem de fatores externos, bem mais do que internos.
Se teve coragem de abrir uma empresa, de gerir uma equipa, de desbravar mercado, pode agora fazê-lo noutra área de negócio ou num nicho de mercado que ainda não explorou.
Não me posso queixar…
E ainda bem! Bom sinal e excelente para os dias que correm!
Mas não tenha vergonha do seu sucesso! Muitas empresas têm medo dos seus resultados e do que os “pares” possam pensar por ver que enfrentam menos dificuldades.
Se andar de cabeça erguida, como acha que a sua equipa se irá sentir? Orgulhosa! E por isso não tenha medo de dizer que as coisas estão a correr bem.
Só vai trazer energia positiva que tem a capacidade de contagiar os outros.
Mais do que o que dizemos, o que pensamos pode ser decisivo para o sucesso ou insucesso de uma empresa.
Por isso, se o ano de 2024 está a ser um bom ano para si, não tenha vergonha de o dizer, e não se preocupe com o que os outros pensam ou dizem de si. O importante é continuar e não desistir. Envolver a equipa nos pequenos e grandes sucessos e acreditar que poderá fazer a diferença na vida dos seus colaboradores.
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