Assumir um compromisso nem sempre é fácil… mas este é absolutamente necessário! Conhece alguma empresa de sucesso em que o interesse do cliente e o foco da empresa não andem de mãos dadas, em que as equipas andem de costas voltadas ou em que não haja uma preocupação a nível de sustentabilidade?!
Conhecemos o nosso Mercado e os nossos Clientes? Sabemos verdadeiramente o que apreciam ou necessitam? Ou eles andam preocupados com temas do dia-a-dia como a segurança, a facilidade de uso, a saúde, a alimentação, a acessibilidade e a disponibilidade e nós andamos mergulhados na aplicação de novas tecnologias ou nos resultados que não estão a chegar?
Com os Clientes…
Parece não haver margem para dúvidas, a facturação e liquidez da nossa empresa dependem da nossa capacidade de gerar uma proposta de valor diferenciadora junto dos clientes actuais e potenciais.
Numa altura em que é difícil falar de fidelização de clientes, como é que conseguimos retê-los? Porque é que um cliente volta? Qual o compromisso que tem com a nossa empresa? De que resultam compras repetidas? É da simpatia do atendimento, é da eficácia do pós-venda ou é porque no mercado somente a sua empresa lhe entrega aquela solução?
Esta semana, numa sessão de coaching, questionei um Director Comercial sobre a concorrência e encontrei uma resposta simples e curiosa: “Só temos que nos angustiar com a concorrência se não tivermos nada de diferente para oferecer. As empresas andam a dar tiros nos pés porque, em vez de encontrarem os seus factores de diferenciação e compromisso com os seus clientes, andam a replicar o que o vizinho do lado anda a fazer”.
O ciclo de retenção passa por encantar os clientes, por os surpreender a cada visita e por reconhecer que fazê-lo é cada vez mais exigente, dado que as expectativas se elevam sistematicamente e as necessidades se ajustam cada vez mais depressa. Algo que surpreendia um cliente pela positiva há seis meses está hoje completamente banalizado…
Qual é a proposta única de venda (PUV) que eu tenho e que o meu concorrente não consegue imitar? Ao longo do tempo, isto é o que assegura que os clientes comprem, voltem e que, a cada UAU que lhes proporcionamos, passem palavra.
Adoptar uma estratégia de foco no cliente implica melhorar continuamente o atendimento e o relacionamento com o cliente, pôr em prática estratégias de venda específicas que privilegiem a dimensão emocional do cliente (tendo a capacidade de interagir com essas emoções), calçar os sapatos do Sr. Cliente, e assegurar um processo de comunicação (e influência) eficaz.
Com os Colaboradores…
Sei que às vezes as coisas deslizam e acabamos a descurar o cliente interno, mas não dá mais para o fazer… bem vistas as coisas, quem é que precisamos que proporcione o momento UAU?!
É da sua equipa que depende a primeira impressão. Queremos que seja uma boa primeira oportunidade, caso contrário, será seguramente a última… Podemos prescindir de ter as melhores pessoas para fazer esse contacto e os seguintes, para criar relação, ou vamos permitir-nos perder pontos para a concorrência?
No dia-a-dia temos pessoas cumpridoras ou pessoas autónomas, com uma mestria indescritível, disponíveis e voluntariosas?
A porta da empresa fecha-se ou cada colaborador, quando deixa a empresa diariamente, fala dela e do que faz com paixão aos seus amigos, vizinhos e familiares?
Com a Comunidade…
Há alturas em que fica difícil acreditar que podemos construir uma sociedade melhor e mais justa, mas é necessário. Talvez sozinhos não consigamos fazer grandes coisas, mas como Equipa é certo que empreenderemos pequenas grandes coisas.
A responsabilidade social é missão de todos e vem dar um propósito muito distinto às organizações com fins lucrativos. Por vezes, a RSE funciona como “cola” da Organização, como o ingrediente mágico que a todos confere um sentido de envolvimento e pertença.
Não conheço nenhuma empresa que tenha medidas sustentáveis de responsabilidade na comunidade apenas com o fim último de ganhar notoriedade, mas conheço muitas que continuarão a ver a sua marca fixada no mercado fruto da sua actuação social e da partilha de conhecimento.
Afinal de contas, dar sempre foi melhor do que receber, até porque quanto mais se semeia, mais se colhe…
Tentado a actuar em cada uma destas vertentes?! Então, toca a olhar para o seu compromisso e a… casar!
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