Estaremos todos um pouco cansados de artigos sobre a rentrée…como se estes próximos 4 meses fossem a tábua de salvação, a única saída, a resposta mais esperada para todos os problemas, que em 8 meses não conseguiram ser endereçados da melhor maneira.
Este artigo sobre a rentrée vem falar de outras coisas…pensando na máxima que para termos resultados diferentes teremos de fazer e ser um pouco diferentes, pensei nos comportamentos que queremos assumir e adotar para estes próximos 4 meses.
As linhas de orientação da equipa estão provavelmente desenhadas, e os planos de ação foram decerto revistos e melhorados em alguns casos. Em certas equipas desenharam-se planos de correção e melhoria e noutras foi necessário reforçar as equipas.
Mas e que comportamentos e novos hábitos podemos experimentar para esta reta final?
Todos sabemos que um hábito é um costume, um uso, uma prática frequente de algo e muitos deles são comportamentos ou rituais automáticos, já os realizamos sem pensar duas vezes. São muitos os hábitos diários, quer no contexto pessoal, quer no de equipa e empresa.
E esses hábitos ou comportamentos “colam-se” muitas vezes à função que cada um desempenha.
O desafio está em vez de fazer mais nestes 4 meses, que tal ser mais? Perceber quais os comportamentos que poderiam ser mudados e que decerto teriam impacto nos resultados. Podemos pensar nuns mais importantes para certas funções que outros…alguns serão transversais outros mais específicos.
Escutar melhor
Provavelmente não estará incluído na lista de novos hábitos e comportamentos. Possivelmente é dos que tira notas quando está numa formação, quando tem reunião com clientes e parceiros. Mas será que fazemos um reality check dessas interações?
E quando acontecem com clientes habituais, é pior, pois já são conhecidos, sabemos onde costumam ter dúvidas, quais os bons a negociar, quais os indecisos e levamos já todo um mapa mental do que acontecerá na interação.
O desafio é escutar melhor…sem juízos de valor e escutar observando a linguagem corporal, o ambiente na reunião, como os interlocutores se relacionam e se concordam ou não uns com os outros.
Pode continuar a tomar notas, a tirar apontamentos, mas após a interação faça um resumo do que poderão ser os temas chave da mesma, quais as reais expetativas do cliente, onde pode fazer a diferença. Esteja atento aos pormenores, pois todos juntos fazem a diferença e implemente mudanças na forma de abordar.
Esteja atento
A si e aos outros e ao impacto das suas palavras e ações nos outros. Preocupe-se mais com os outros, em como a sua palavra ou ajuda pode fazer uma enorme diferença, quer no contexto pessoal, quer na equipa.
Procure pequenos momentos de convívio e de descontração e camaradagem. Motive as pessoas mesmo que não reportem a si diretamente. Todos devem ser responsáveis por motivar e ajudar os colegas.
Networking
Isto é para ser entendido mais do que apenas Networking. Estou a pensar numa rede que vá além da área imediata de trabalho, especialização e habilidades. Muitas vezes, a qualidade das nossas decisões têm como base outros modelos mentais que foram sendo desenvolvidos por nos interessarmos por outras áreas de trabalho. Estamos a falar em áreas criativas, desporto, artes e outras que ajudam a ver um problema de forma diferente.
Construir redes de networking em áreas diferentes da sua, poderá ajudá-lo a ver os desafios com outros pontos de vista.
Divirta-se
Sim, passa quase a totalidade do seu dia no trabalho, se este não for divertido será um verdadeiro inferno! Procure Âncoras de motivação que o ajudem durante o dia, desde escutar música se possível, a motivar os colegas ou ser motivado por eles, aproveitar uma pausa para o café de forma diferente, ou até recordar-se do que o faz gostar do trabalho que tem, mesmo que este tenha uma certa percentagem de rotina, pois na realidade…todos têm.
E venha de lá os próximos 4 meses do ano, sem medos e com vontade de fazer algo diferente!
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.