Muitos dos vendedores com quem trabalhamos, mais tarde ou mais cedo, acabam por viver um período de “vazio” nas vendas.
Dependendo do tipo de negócio, podemos estar a falar de 1 a 3 meses sem vender.
E, como é natural, a tendência é perder a motivação.
Começamos a ficar menos entusiasmados, mais irritados, menos sociáveis, está a ver o filme?
Pois, todos nós já passamos por isto, numa ou noutra altura da nossa vida.
A questão que se impõe é:
“O que é que eu faço agora?”
Muitas vezes ouvimos: “tens de aguentar, isto é passageiro, todos passamos por isto”.
Mas será que, de facto, isto ajuda quando já não vendemos há 3 meses?
Claro que não.
Quando atravessamos esta fase, aquilo que menos necessitamos é de uma palmadinha nas costas a dizer “coitadinho”.
Na verdade, o que necessitamos é de um bom pontapé no rabo e alguém que nos diga:
“Mexe-te, olha para o que fazes e tenta fazer de maneira diferente.”
O pior que podemos fazer numa situação de “vazio” de venda é baixar os braços e parar.
Aquela ideia de que “se ficarmos quietos, vai passar” apenas nos afunda ainda mais.
Mesmo que se esteja a atravessar um “vazio” nas vendas, tem de se continuar a fazer fogo para o mercado.
Se não o fazemos e apenas esperamos, quando sairmos do “vazio” estaremos ainda pior do que quando começamos.
Retomar, então, a atividade normal será 30 vezes pior.
Nestas alturas, há que analisar o que fazemos e alterar algumas das estratégias que utilizamos.
Uma técnica que sempre me ajudou foi analisar os meus indicadores de vendas de cima para baixo.
O processo de diagnóstico é simples.
Se não temos vendas, vamos lá, então, descobrir porquê.
Focamos, em primeiro lugar, a componente do fecho versus número de propostas apresentadas.
Temos propostas suficientes na rua?
Então temos de analisar o que é que está a acontecer para não fecharmos.
A forma, por vezes mais simples, é perguntarmos aos nossos clientes diretamente.
“O que o impede de decidir?”
Por vezes a melhor opção é mesmo ser direto.
Com base na resposta de vários clientes, que não decidem, o que fazer?
- Afinar a nossa oferta;
- Afinar a forma como a nossa solução é proposta;
- Eventualmente, mexer no preço.
Em suma, em vez de colocarmos o dedo no ar e tentarmos adivinhar o que se deverá fazer, devemos tomar decisões baseadas em dados concretos.
Mas se não temos propostas suficientes na rua e até realizamos bastantes reuniões, devemos tentar perceber o que falha para não conseguirmos entregar propostas.
Podem existir várias razões:
- O nosso Cliente não perceber o que ele ganha com a nossa solução;
- A reunião não envolver o cliente;
- Estarmos a fazer uma apresentação sem perceber a realidade dele.
Novamente, podemos tentar várias alternativas.
Eu pessoalmente prefiro duas.
Em primeiro lugar, se tenho confiança com o meu Cliente, pergunto.
Caso isso não seja viável, peço a um colega meu que me acompanhe para observar e dar a sua opinião sobre o processo.
Agora, se não temos reuniões, o processo anda novamente para trás e vamos ver o que acontece com a prospeção.
Novamente, as formas de corrigir o problema podem ser imensas e dependerão de muitos fatores.
Mas, porque não tentar novas abordagens que nunca tenham sido tentadas na empresa?
Lá diz o ditado:
“Olha para onde todos vão e vá no sentido contrário. Pode ter mais hipóteses de lá chegar!”
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