Pessoas emocionalmente inteligentes têm mais sucesso pessoal e profissional! Sabe porquê? Porque sabem dirigir a sua energia para o que é importante, não têm espaço para pessimismo e focam-se no que podem controlar.
O conceito de Inteligência Emocional (Quociente de Inteligência- QE), tão falado actualmente, foi popularizado nos anos 90 por Daniel Goleman, um famoso escritor e psicólogo, doutorado em Harvard, que publicou vários livros sobre o tema.
Goleman define a Inteligência Emocional (IE) como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerirmos bem as emoções dentro de nós e nas nossas relações.”. O psicólogo salientou duas componentes essenciais: a Componente Pessoal (centrada no próprio) e a Componente Relacional (centrada nos outros).
Cada um de nós tem a sua inteligência emocional mais ou menos desenvolvida, determinando a nossa capacidade de decisão, sendo que qualquer pessoa pode desenvolver as suas competências emocionais.
Segundo Goleman, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco capacidades:
Autoconhecimento – reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem. Saber identificar as emoções em diferentes momentos, permitir senti-las e saber expressá-las, sem as acumular, são a base do autoconhecimento emocional.
Podemos mesmo dizer que a base da IE é conhecer-se a si mesmo, sendo esta uma jornada contínua e que necessita dedicação e tempo.
Autocontrolo – é a capacidade que as pessoas têm de gerir as próprias emoções, lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida.
Automotivação – dirigir as emoções ao serviço de um objectivo ou realização pessoal. É a capacidade de se motivar a si mesmo e assim conseguir realizar tarefas e as acções necessárias para alcançar os seus objectivos, independentemente das circunstâncias.
Reconhecimento de emoções nos outros – interpretar as emoções no outro e gerar empatia de sentimentos.
Capacidade de construir relações – capacidade de interagir com outras pessoas, utilizando competências sociais e assim criando e estabelecendo novas relações.
Como podemos aplicar a Inteligência Emocional à Liderança?
A IE é um componente essencial na liderança organizacional. Porquê? Porque as empresas são feitas por pessoas, que trabalham para satisfazer pessoas (clientes).
Casos de estudo comprovam que para a previsão do desempenho, a importância do QE é quase duas vezes superior ao QI. Quando analisadas as competências que diferenciam os melhores profissionais, estas estão, em 90% dos casos, relacionadas com a IE.
Assim sendo, estes dados demonstram que as empresas que investem no desenvolvimento da IE tem um retorno incrível, traduzido na produtividade, vendas, tomada de decisão, etc.
Como líder, tem 3 níveis de responsabilidade para o desenvolvimento da Inteligência Emocional: a do próprio, a dos colaboradores e a da organização.
Próprio
É essencial começar por si para depois poder passar aos outros. E aqui não podemos esquecer o já abordado Autoconhecimento e Autocontrolo. Conseguir sentir e expressar emoções, saber bem quais os seus valores e crenças, perceber qual o seu estilo de comunicação e como o faz,quais as suas capacidades, como reage ao conflito e qual o seu estilo de liderança são parâmetros essenciais para se conhecer melhor a si mesmo.
Ter Autoconsciência é fundamental neste processo, percebendo como se vê e como os outros o vêem. É que muitas vezes nós achamos que os outros nos vêem de uma forma e isso depois não acontece.
Seja um líder inspirador! Foque-se em duas características muito relevantes, que reflectem a existência de um líder emocionalmente inteligente: a integridade e o entusiasmo.
A Integridade – Ser um líder íntegro implica fazer o que se diz e dando o exemplo, deixando para trás o ditado “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”, e a responsabilização pelas suas acções, deixando as desculpas para trás.
O Entusiasmo – Ter a capacidade de inspirar os outros, colaboradores ou pares, através da paixão. Falar dos projectos e da empresa com uma paixão contagiante, conseguir ter uma missão que só por si inspire e entusiasme os demais.
Colaboradores
Uma das metas do líder deve ser ajudar os outros a desenvolver a sua IE. O objectivo será conduzir cada elemento da equipa ao nível de Autoconhecimento e Autocontrolo, por meio de treino e orientação. Deve dar aos colaboradores a hipótese de transformar esse conhecimento em hábitos. Verá que ao transformarem-se em hábitos, a empresa, bem como o próprio, irão colher grandes benefícios.
Dentro da Organização deve criar uma cultura de desenvolvimento da Inteligência Emocional, criando práticas, politicas e valores que reflictam essa importância.
Será importante identificar as áreas em que existe mais necessidade de serem desenvolvidas, parando para pensar e fazer um retrato do estado actual. Mediante isso será mais fácil executar um plano, criando as estratégias e definindo Como e Quando.
Não se esqueça que o aconselhável será fazer uma mudança de cada vez, conseguindo ver de forma clara os resultados dessa mudança. Quando tiver esses resultados analisados, demonstre à equipa as conquistas alcançadas com essa mudança, preferencialmente com dados.
Por curiosidade, aqui ficam algumas características de um líder emocionalmente inteligente: apto para a mudança, optimista, empático, focado, motivado, entusiasta, assertivo, autoconsciente, entre outras. Tenho a certeza que pretende fazer crescer a sua equipa e a empresa. Peça ajuda especializada, se achar necessário. O importante é conseguir elevar a empresa a outro patamar!
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