Há momentos em que nos damos conta de que há pessoas abençoadas pelas suas competências e outras que têm que trabalhar tanto para as desenvolver… Será tudo uma questão de talento quando falamos de soft skills?
Um vendedor nasce ou faz-se? E um líder?
Quantas e quantas vezes já deu consigo a pensar: “Um destes é que eu precisava…”?!
Numa altura em que é urgente trazer resultados, temos que promover e contar com o melhor de cada um. E isso traduz-se numa abordagem integrada de gestão de Pessoas, ou não fossem as Pessoas o melhor asset da empresa!
Atrair
Temos a equipa que podemos ter ou temos a equipa que queremos ter? Às vezes temos a equipa que sempre tivemos porque há situações que emocionalmente escolhemos não resolver…
Muita da criatividade, flexibilidade e dinâmica de uma organização vem da heterogeneidade dos seus recursos e é preciso, a cada ciclo, introduzir sangue novo, não só em idade, mas com outro tipo de experiência e pragmatismo.
Daí a importância do recrutamento, de ir buscar pessoas pelas quais nos apaixonemos ao final de 2 minutos na entrevista. Na dúvida, não recrute, nem que tenha que recomeçar o processo!
Atrair recursos críticos só é possível se eles se sentirem atraídos pela nossa empresa… E o que estamos a fazer nesse sentido?
Que imagem tem o mercado da nossa organização, que notícias comunicamos, em que meios aparecemos e que resultados divulgamos?
De uma forma muito pragmática, se visse um anúncio da sua empresa, candidatava-se?
Motivar
Muito se tem falado de motivação… O que é certo é que as pessoas não se motivam mais pelas mesmas coisas (nem nós), o que obriga a que cheguemos melhor a cada um e que façamos um esforço maior por comunicar e conhecer o outro.
As nossas pessoas são o rosto da empresa, para dentro e para fora! Sem elas a empresa não seria seguramente a mesma.
Ninguém está motivado sem se sentir parte integrante do processo, sem perceber o que é esperado de si, sem entender para onde a empresa caminha e como poderá crescer lá dentro, sem sentir o reconhecimento do seu trabalho ou ouvir um obrigado de quando em quando.
É por isso que falar aberta e atempadamente das situações, partilhar resultados (os bons e os menos bons) e lançar constantemente desafios aos colaboradores, mais do que nunca, têm que fazer parte das nossas agendas diárias.
Eis algumas ferramentas com que poderá trabalhar na sua organização:
- Reuniões de equipa / Reuniões de brainstorming
- Outdoors / Teambuilding / Experiential learning
- Compromisso de equipa / individual ou Lema do ano
- Celebrar datas / momentos importantes
- Disponibilizar no escritório Ginástica / Massagens / Fruta /etc.
- Contribuir: apoio a causas sociais, voluntariado
Desenvolver
Reconhecer um Talento é gratificante, mas que ele esteja dentro de portas. Quando cobiçamos os da concorrência, ou das empresas com que nos relacionamos, é interessante, mas não impacta nos nossos resultados…
E quanto aos talentos que já temos, temos que os fazer crescer continuadamente, caso contrário desadequam-se ou saem da empresa, e lá se vai o talento…
Quando foi a última vez que apostou na sua Equipa?
Os talentos promovem-se através de uma política contínua de gestão de talentos e desenvolvem-se a cada iniciativa relacionada com o crescimento das competências de cada um.
As alternativas são imensas, por isso aqui ficam algumas dicas…
- Plano de carreira / plano de desenvolvimento individual / plano de formação
- Formação externa / interna
- Iniciativas de networking / participação em fóruns
- Coaching de executivos
- Mentoring
- Avaliação de desempenho e prémios de performance
- Key People / Champions por solução ou produto
- Mobilidade no trabalho / colocações internacionais
Reter
Mas será que a formação e a inovação são suficientes para manter os melhores profissionais?
Talvez as empresas precisem, além de investirem em todos estes aspectos, de olhar um pouco mais para o ambiente organizacional como um todo, de proporcionar um contexto de trabalho que respeite, encoraje e viabilize o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.
Para além de podermos criar ferramentas que nos permitam medir o “engagement” dos nossos colaboradores como parte integrante da gestão de desempenho, envolver os recursos chave da empresa na criação e promoção de outros key people também é fundamental, uma vez que é uma forma de os responsabilizar pelo crescimento dos outros e de os chamar ao papel de Liderança.
Reter as melhores pessoas é caminhar para resultados diferentes. Efectivamente, qualificar e reter talentos já deixou de ser um factor diferenciador na Gestão de RH e passou a ser uma característica fundamental e necessária para qualquer empresa que hoje queira vingar.
E já que estamos a falar da gestão de talentos na sua Equipa, não se esqueça de APOSTAR em SI…
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.