Hoje gostaria de abordar o tema do Coaching.
Já deve ter tido a experiência de cortar as pernas a um banco para que este fique mais nivelado. Aposto ainda, que depois de cortar a primeira perna, verificou que estava um pouco mais curta que as outras, e assim começou a cortar uma a uma até estarem com o comprimento perfeito.
No final o que acontece sempre? Após umas horas de trabalho de medição e cortes, chegamos sempre à conclusão de que mais valia não termos começado a cortar.
Se frequenta o ginásio ou está dentro da nomenclatura da moda, saberá que P.T. significa Personal Trainer.
O Personal Trainer é a pessoa que tem o condão de nos pôr em forma, com o qual temos uma relação forte de parceria, pois sabemos que o segredo do sucesso passa por aceitarmos e cumprirmos o que o nosso P.T. aconselha.
Mas, e a sua empresa, tem um P.T.?
Na nossa actividade de coaches funcionamos um pouco como os P.T. das empresas. As semelhanças são notórias:
– O P.T. faz sempre uma avaliação inicial da situação. Se não sabemos qual o ponto de partida é quase impossível definir o ponto de chegada e traçar o caminho para o atingir.
Como coaches, trabalhamos do mesmo modo. Avaliamos o estado real da empresa, as condicionantes de mercado, a concorrência, o esforço e empenho do responsável, a motivação própria e da equipa. Com base nestas informações é definida a situação ideal de chegada e é traçado um percurso possível de trabalho. Sem definir o objectivo final nunca saberemos se ele foi atingido.
– O P.T. define o esquema de trabalho a seguir durante os primeiros tempos e marca imediatamente uma sessão de seguimento.
Como coaches, temos de trabalhar em conjunto com a equipa de modo a conseguir alcançar as novas metas. E, acima de tudo, teremos de avaliar o esforço, testando e medindo os resultados para podermos adequar o caminho de um modo mais eficaz. Fazemos periodicamente uma avaliação do trabalho conjunto no sentido de entender até que ponto estamos alinhados no projecto e se o “trajecto” terá de ser alterado.
– O P.T. não o deixa sozinho. Trabalha consigo de modo periódico para que não se esqueça da sua meta.
Como coaches, empenhamo-nos a 100% no que fazemos e em conquistar o sucesso para e com os nossos clientes. Somos um amigo pouco razoável, que mantém focada a equipa para conquistar novos sucessos.
– O P.T. não é “bonzinho” e não permite que, de algum modo, possa fazer um pouco de batota.
Se os coaches forem “bonzinhos” estaremos a recuar em termos de trabalho. O ter a coragem de apontar os erros, principalmente quando as coisas não estão a seguir o caminho certo, é importante para o sucesso de cada programa.
– O P.T. motiva-o e instiga o gosto por novos desafios e novas metas.
O nosso objectivo como coaches é conseguir extrair o mais elevado potencial de cada pessoa. Poder crescer de patamar em patamar, de vitória em vitória, não cedendo à tentação da acomodação.
Do mesmo modo que um P.T. vê o seu trainee atingir as metas a que se propôs, também nós como coaches celebramos o sucesso que atingem as empresas com quem trabalhamos. E é raro, hoje em dia, celebrar os sucessos!
Temos ainda de garantir que estão reunidas as condições para que a equipa possa prosseguir o seu caminho de modo independente e consistente.
Tal passa muitas vezes por conseguir um coach dentro da equipa… alguém que, de modo isento, seja o P.T. dos colegas.
E boa ginástica…
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