Muitos empresários e gestores sentem-se encurralados na sua realidade, sem capacidade para, de forma autónoma, pensarem em alternativas e, sobretudo, sem a confiança acerca do próximo passo à frente a dar no futuro e do qual as suas empresas precisam.
É nestes contextos que o coaching se torna pertinente. Se nos trouxer mais recursos, por que não apostar? E se não está por dentro desta abordagem, vamos tentar desmistificar…
Geramos alternativas?
Muitas vezes o caminho dos líderes e gestores é um percurso solitário e fechado. Não é fácil termos a capacidade de visualizar o futuro de outras perspectivas quando estamos mergulhados no curto prazo e as questões do dia-a-dia nos parecem roubar mais do que o tempo de que dispomos…
Por outro lado, não estamos habituados a pensar “fora da caixa” ou não temos a confiança de que, se o fizermos, vamos ser bem sucedidos. Se calhar nem confiamos na capacidade da equipa para avançar com iniciativas distintas.
Contar com o apoio de alguém externo neste percurso funciona como um catalisador para pensar de outra perspectiva, traçar outras estratégias e identificar alternativas de acção futuras.
Uma questão de atitude…
Mudar é preciso… mas sabemos onde está o desafio de mudança na empresa? Nos dias de hoje, as maiores barreiras ao crescimento ou ao sucesso das empresas estão na motivação e na determinação das suas equipas e até dos líderes. É mais confortável culpabilizar a dita crise pelo insucesso e encontrar justificações plausíveis na conjuntura actual.
E se pensarmos positivo? Se transformarmos as dificuldades em oportunidades? Na maior parte das vezes, o que é difícil mudar são as atitudes e os comportamentos. O Coach aportará aos líderes ou à equipa a energia, força e confiança necessárias para fazer acontecer mais ou diferentes iniciativas, colocando ao dispor da empresa um conjunto de ferramentas e técnicas inovadoras de motivação, liderança intrapessoal e alinhamento de objectivos pessoais e profissionais.
Muitas vezes não se investe no auto-conhecimento, no entendimento do perfil comportamental da equipa, no saber como motivar cada pessoa ou muito simplesmente em comunicar com a equipa… Perceber quais são as zonas de conforto de cada um, como as vencer ou como criar âncoras psicológicas, pode fazer toda a diferença na atitude e determinação de cada um.
Parece-lhe interessante saber como superar-se a si próprio? E se os elementos chave da equipa desenvolverem também esta capacidade? Já pensou no impacto que isso pode ter no negócio? Depois basta descobrir quais são os mecanismos aplicáveis à sua realidade e à sua equipa para fazer perdurar a determinação e a postura vencedora!
O que é o Coaching afinal?
Os programas de Coaching visam ajudar a criar uma dinâmica de mudança e a promover a autonomia das pessoas envolvidas.
Se pensarmos na edificação de uma casa, os alicerces têm um papel fundamental e são determinantes no que vamos poder construir. No Coaching não é muito distinto, às vezes só precisamos de uma inspiração externa e de contar com outras perspectivas para construirmos o caminho. Não quer dizer que não fossemos capazes de chegar lá, poderíamos era precisar de mais tempo ou do tal tempo que não temos…
Responsabilização e compromisso com os resultados são os factores críticos de sucesso de um programa de Coaching. Qual poderá então ser a dinâmica de um programa deste tipo?
Um programa poderá envolver os gestores, os níveis intermédios, os departamentos, toda a equipa, ou só o líder, dependendo do nível de abrangência pretendido. Após a identificação dos principais desafios, dos objectivos de médio prazo e de se proceder ao alinhamento estratégico, elabora-se um plano de trabalho.
Fazer acontecer esse plano é uma responsabilidade conjunta. Às vezes será preciso que o Coach “empurre”, outras que “puxe”… mas basicamente o compromisso parte a parte tem que ser total.
Depois de trabalhadas as áreas de motivação e comportamental e corrigidas situações pontuais menos pertinentes, as estratégias e iniciativas a desenvolver estão orientadas para o futuro. As soluções serão criadas em conjunto, resultantes muitas vezes do questionar da realidade por parte do Coach ou de uma série de alternativas ainda por explorar.
É frequente dizermos que o Coach é um amigo pouco razoável. Com uma predisposição constante para ajudar a transformar, o Coach tem o nível de envolvimento e a distância suficientes para, de forma isenta, gerar a pressão e emoção suficientes para a empresa avançar em linha com o pretendido.
E o que o Coaching não é ?
Pois… o Coach não é um curandeiro ou um endireita da empresa, não traz receitas mágicas nem contratos madrilenos!! O Coach não vai fazer o trabalho pelo gestor, nem vai lá estar para dar conselhos. Os agentes de mudança são os recursos da empresa, estes são os responsáveis pelos resultados.
Por outro lado, e contrariamente ao que alguns “Velhos do Restelo” ainda pensam, o Coaching não é seguramente para falhados. Vemos grandes organizações, muitas delas cotadas em bolsa, contarem com apoio de executive coaches, vemos líderes nas mais diversas áreas recorrerem a 1 ou mais coaches em diversos domínios.
E se a colaboração resultar numa dependência do Coach, seguramente o Coaching não resultou… e o Coach não esteve à altura do seu papel.
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