Mais uma rentrée!
Setembro a começar, todos a regressar de férias, o habitual virote para preparar o regresso às aulas dos miúdos, fazer as inscrições nos ginásios e noutras actividades para esta nova época, e as empresas de novo a ganhar vida.
Quando chegamos, dá gosto rever a secretária arrumada (por pouco tempo, infelizmente) e ligar o ON para voltar à rotina de cada um, ou não…
Porque havemos de voltar à rotina, porque não havemos de fazer diferente desta vez?!
Curiosamente, acabo de reler um parágrafo de um artigo nosso de 2009 que não resisto a partilhar: “Num ciclo em baixa, como o que atravessamos, as equipas buscam no líder o exemplo, a diferença nas pequenas decisões do dia-a-dia, o carisma e a confiança para levar o negócio por diante.”
2009 foi há 2 anos, já estávamos num ciclo em baixa, não sabemos quando começou, nem sabemos quando vai acabar, por isso toca a definir um novo setup, a dar o exemplo, a inspirar a equipa e a contribuir para que cada decisão, cada dia do dia-a-dia faça a diferença no futuro da nossa empresa.
Temos necessariamente que encontrar a nossa solução e garantir que cada elemento da Equipa faça parte dela! E nesse processo a congruência e a consistência de actuação do líder são fundamentais…
O sonho governa a vida
Há metas muito mais interessantes para sonhar do que andar a pensar na Moody’s, na bancarrota e em tudo o que A ou B transformaram o País nestes últimos anos. Temos mesmo é que nos debruçar sobre em que empresa nos vamos transformar no próximo ano, e não creio que haja melhor altura para o fazer do que depois do regresso de férias.
Já dizia Fernando Pessoa que “O Homem é do tamanho do seu sonho”. E as empresas são do tamanho dos sonhos que os seus líderes projectam…
Há que definir o rumo e, depois disso, há que partir para a acção.
Assegure-se que a estratégia é partilhada, que a direcção a seguir é clara e que existem objectivos específicos para o mês seguinte, para a quinzena que vem, para esta semana… para hoje.
Se não mudarmos nada, não vamos ter resultados diferentes… É urgente provocar este tipo de mudança e conseguir gerir com muita habilidade os resistentes.
Responsabilizar para Melhorar
Fala-se muito em empowerment, em promover a descentralização de poderes pelos vários níveis hierárquicos da organização. Delegar não é fácil, mas se pretendemos obter um maior envolvimento e responsabilização, para obtermos um acréscimo de motivação, este é sem dúvida o caminho a seguir.
Mesmo para os mais cépticos, há que estar aberto às ideias do nosso grupo de trabalho, comunicar e escutar com maior disponibilidade e sinceridade. Há que ser um facilitador da equipa e confiar no potencial deles, puxando pelo melhor de cada um, há que ajudá-los a chegar às melhores decisões.
Mas para isso é preciso libertar um pouco a equipa, para que seja mais autónoma, mais empreendedora e eficaz.
Pressionar, Pressionar, Pressionar…
Agora, à vontade não é à vontadinha!
Assegure-se do progresso das actividades e quando os resultados se começam a desviar do que foi planeado ou quando antevemos que vamos para fora de rota, é preciso pressionar e há que saber fazê-lo com a assertividade e a convicção necessária.
A liderança situacional é um grande desafio e muitas vezes os líderes temem em ser demasiado autoritários e por isso conciliam demasiado, para não melindrar ninguém. Quase que somos muito amigos, andamos com paninhos quentes para lá e para cá, e obviamente que continuamos desesperados porque os resultados não aparecem…
Desengane-se de tudo isto! Quando escutamos as equipas constatamos que todos apreciam que haja pulso, e pode haver pulso pressionando e gerando inquietação, actuando num registo bem distinto do dos temidos murros na mesa de outrora.
Bom regresso e… boa transformação!
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.