É impossível falar hoje de quem marca a diferença nas empresas sem falar de carisma.
Quando pensamos em personalidades que marcaram e marcam a nossa história recente, há sempre algo que as distingue das demais, independentemente de serem figuras do desporto, da sociedade, da política ou das melhores organizações nacionais e internacionais.
E como precisamos de quem marque a vida das nossas empresas!
Será que o nosso problema é estarmos deficitários de líderes carismáticos?
Mas comecemos pelo valor dos valores…
Princípios ou Circunstância?
A coerência da conduta pessoal e profissional de cada um definem o carácter da pessoa.
Costumamos dizer que “Somos o que Fazemos”, por isso não basta apregoar valores éticos e morais, é preciso vivê-los a cada dia, ao longo do tempo.
Dos que nos rodeiam, e dos nossos líderes em particular, esperamos naturalmente uma conduta coerente com os valores da empresa e com os valores “instituídos” para quem tem a responsabilidade de fazer crescer os outros…
As nossas experiências e vivências moldam o nosso carácter, é certo! Mas a melhor altura para conhecer o carácter de alguém é em situação adversa, em situações de crise em que não há rede…
A integridade e a lealdade são uma escolha e têm um preço: o preço de não mentir, de não favorecer, de não ganhar dinheiro fácil, de não desistir.
Ninguém gosta de estar rodeado de “enguias”, de quem ajuste os princípios às circunstâncias, de quem faça das concessões um trilho perigoso.
Quem está nas posições de liderança tem que ser digno disso, da responsabilidade que elas implicam, tem de ser confiável e evitar que o poder lhe suba à cabeça…
Liderar com perguntas
Se o carácter é um denominador comum que apreciamos em todos os líderes (e nos colegas em geral), a capacidade de envolver e de motivar não ficam atrás.
Uma das abordagens de liderança mais poderosas e apreciadas neste sentido passa por liderar com perguntas, já que pressupõe uma filosofia participativa, em que se pede feedback e se dá espaço para escutar o outro.
Questionar a opinião dos outros com frequência é sinónimo de querer considerar outras perspectivas, de valorizar uma postura inclusiva, de acreditar genuinamente que até podem surgir ideias melhores do que a nossa.
Outra questão que os líderes de sucesso colocam por hábito é pedir feedback sobre o desempenho, numa filosofia 360o. Costuma dizer-se “Communication is what you get”, por isso, se os resultados não chegarem, a nossa mensagem não está a passar e a liderança deixa de ser eficaz. Há que ter mente aberta e predisposição para escutar genuinamente a opinião dos outros e corrigir ou ajustar o que não estiver tão bem quanto poderíamos pensar…
Perguntar pelo estado da arte é fundamental, já que nem só da intuição vivem as boas decisões. Confiar no nosso feeling de como as coisas estão a correr é redutor, hoje a margem de erro é muito pequena e é determinante correr atrás de informação e resultados fidedignos.
E não deixar de questionar o futuro e de o debater com, pelo menos, alguns elementos chave da organização. O médio e longo prazo vêm logo a seguir ao curto prazo, e é preciso preparar o futuro. Fazê-lo de forma solitária pode ser um erro tremendo…
Que líder escolho ter?
Será que se lembrou de si? É que se não foi o caso, temos que perceber porquê…
Quer ter uma carreira fantástica ou ser fonte de inspiração?
Pois…
Então que líder carismático lhe veio à cabeça?
Bem-vindo à dimensão que faz toda a diferença, ou lembra-se de alguém com carisma que não tenha impactado em si de forma “tchanam”?!
As pessoas carismáticas brilham nas soft skills, na liderança, na comunicação, na determinação, no foco, na colaboração, na adaptabilidade, na vontade de aprender e de se superar.
As pessoas carismáticas não têm sucesso só pelo caminho que fazem, marcam na forma como o percorrem.
Com os líderes mais carismáticos não é diferente… senão vejamos o que têm em comum:
– Promovem o aumento de capacidades e o desempenho das suas pessoas
– Não receiam preparar os outros para ocupar o seu lugar
– Rodeiam-se de pessoas que saibam mais do que eles
– Sabem que, mesmo que tenham nascido com um nível de talento idêntico ao de muitos outros, há que o trabalhar diariamente para o fazer evoluir
– Dão o exemplo, são pragmáticas, “arregaçam as mangas” se for o caso…
– Criam uma cultura altruísta na Empresa, procurando ter a bordo gente generosa e disposta a ajudar o outro sem querer nada em troca…
– Inspiram em efeito motivacional dominó
– Partilham as suas metas e os seus sonhos (já pensou nas pessoas que John Kennedy inspirou quando anunciou ao povo americano que pretendia levar o homem à Lua?)
Um líder tem que envolver, “energizar” e comunicar para influenciar!
Já pensou que impacto tem a sua influência?
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