Há momentos em que quando as preocupações são muitas, parece que nos sentimos apanhados pela nossa própria malha, como se de uma pescadinha de rabo na boca se tratasse.
Quando o fazer tem consequências difíceis de assumir e o não fazer tem resultados desastrosos, em que ficamos?!
Mudança
Em momentos de mudança, há sempre quem não tenha vontade nenhuma de mudar… Parece que a mudança, nalguns casos, é um veículo para exteriorizar o que alguns lá guardam oprimido há muito tempo. É desafiante não bloquear com as típicas reacções de alguns elementos…
Por outro lado, não avançar com as mudanças necessárias, adiar qualquer projecto de inovação, é estender uma passadeira vermelha para um futuro comprometido!
Envolva o mais possível toda a Equipa no processo de mudança, invista mais tempo naqueles que já sabe que lhe vão trazer algum amargo de boca ou que o vão desencorajar. Como disse Robert Lee, “as pessoas que ficam de fora no planeamento da mudança têm uma maneira especial de nos lembrar que são realmente importantes”…
Reuniões de Equipa
Quando se fala imenso mas não se conversa do que é importante, quando se comunica a todos mas, sem sabermos como, fica sempre alguém de parte, quando a comunicação dá lugar a momentos de rádio alcatifa, todos são unânimes em comentar que com reuniões de equipa é que vamos lá.
Se fazemos reuniões de equipa, parece que proporcionamos um momento de verdadeiro cinema em que alguns nem sequer blocos trazem, como se de verdadeiros espectadores se tratasse, parece que debitamos sem ninguém perguntar nada e, no limite, somos questionados se vamos pagar aquelas horas. Além disso, quando pedimos para assegurarem uma parte da agenda, ainda corremos o risco de os ouvir resmungar pelo que vão ter que preparar.
Terá que ser assim?
Claro que não, o todo é maior que a soma das partes. Uma Equipa pode ser muito mais que a soma dos seus elementos e só assim tornar tantas coisas possíveis. Uma equipa de alto desempenho está alinhada e comprometida com os resultados, coesa e motivada, e esse é o trabalho prévio do líder…
Estratégia e Objectivos
Não há alinhamento sem rumo… mas pode haver rumo e não haver alinhamento.
É curioso que nunca ninguém está satisfeito. Se há rumo, é porque o rumo é por demais desafiante, se não há rumo, o caricato é que ninguém parece muito interessado em criá-lo… Se não o definir, ninguém o vai fazer por si, é verdade!
Também não há compromisso nem outro tipo de resultados sem objectivos, e estes têm que existir e passar para a agenda de cada um.
O caminho tem que ser traçado, não tem é que ser necessariamente o líder a apontá-lo ou criá-lo na totalidade. O que nos impede de envolver os elementos chave da Equipa nesse processo?!
Agora, “objectivos” significa algo diferente de sonho, ainda que nos deixem mais perto dele…
É importante que os objectivos que se definem sejam atingíveis e mensuráveis, para que a Equipa os possa tomar como verdadeiramente seus, sem descrédito ou desinteresse.
Medição e Desempenho
“Quando não corre bem sabemos sempre, agora de resto não há feedback” – isto é o que nos diz a maior parte das equipas quando as questionamos sobre a opinião que os seus líderes lhes dão acerca do respectivo desempenho. Curioso…
Agora estará a pensar… “Ah, mas na minha Equipa é diferente…” Pois, pois…
Haverá mesmo feedback estruturado periódico?
Só há uma forma de trazer mais resultados, é medir para ver em que medida estamos ou não a cumprir os objectivos delineados. Os diversos critérios de avaliação são, por si só, uns fantásticos tópicos para ajudar a estruturar a reunião de avaliação de desempenho.
Se não conhecermos os números não conseguimos comprometer-nos a influenciá-los. Dar feedback faz crescer o nível de envolvimento de cada um e, mais do que “controlar e dar na cabeça”, permite, quando construtivo, abrir o véu do caminho de melhoria.
Dar feedback pressupõe também escutar mais, mesmo quando podemos sentir alguma angústia face ao que nos terão para dizer. Dar feedback é estar preparado para receber feedback, por mais incómodo que isso possa ser…
Bem vistas as coisas, não restam dúvidas, é mesmo melhor fazer o que tem que ser feito!
Se já existem tantas variáveis que hoje não controlamos, temos mesmo que fazer o que está nas nossas mãos fazer. E, ainda que a soma inicialmente possa parecer nula, há que acreditar, há que agir e, sim, há que depois medir.
É que estar preso a este tipo de preocupações e ansiedades não é decididamente para nenhum de nós.
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.