odos traçamos um destino, o nosso, e é isso que torna o percurso de cada um tão especial.
Bem vistas as coisas, precisamos de fazer mais e melhor, como se agíssemos para consolidar aprendizagens, como se procurássemos as emoções certas daquilo que fazemos e do quanto nos damos aos outros.
Já pensou que se nos interrogarmos sobre as definições de excelência que existem, provavelmente encontraremos tantas quantas os candidatos que se propõem lá chegar?
Mas será que existem ingredientes comuns a quem tem este propósito?! Muito provavelmente…
Hoje queria partilhar convosco algumas das reflexões que o livro “Alto Desempenho”, de Zig Ziglar, me proporcionou sobre como nos superarmos e ajudarmos a desenvolver a excelência nos outros.
O que o faz correr?
Quem tem um alto desempenho nunca se esquece da razão pela qual sai todos os dias de manhã para ir trabalhar, acredita e é combativo, não se refugia nas desculpas do que corre menos bem nem se agarra à média para a puxar para baixo…
As pessoas de elevada produtividade têm as metas bem definidas, sabem se a sua energia vem do trabalho, por via da realização, ou se vem do que podem proporcionar aos que as rodeiam, fruto do trabalho que entregam consistentemente.
Quem tem um alto desempenho percebe que as pessoas acatam as mudanças de maneiras diferentes e, em termos individuais, “desconforma-se” e faz da mudança um virar de página, uma oportunidade.
Já para desempenhos menos entusiastas a mudança é uma ameaça, é vista como uma afronta, já que vai implicar outras respostas e sair da zona de conforto. O primeiro escape é lamuriar-se com os que reagem de forma similar, como se a mudança se fosse embora ou se tornasse desnecessária por causa disso…
Num desempenho de excelência não têm lugar as culpas e as desculpas, este faz-se de progressos, de bater com a cabeça e prosseguir, de atingir fasquias que se elevam consecutivamente, já que o que compõe a excelência que cada um procura também evolui com o tempo.
Viver os seus valores
Para além das escolhas de quem querem ser e do que querem fazer, os elevados desempenhos resultam da vivência carismática de determinados valores, dos quais destaco a humildade e a lealdade.
Particularmente não aprecio quem se põe em bicos de pés… não gosto de ver ninguém desequilibrado! E muitas vezes quem o faz é quem tem menos razões para o fazer.
Pensemos nos verdadeiros líderes. E não é que bate certo?!
Concordo que poderá não ser sempre muito fácil manter a ética e a lealdade, mas se estes valores pessoais forem os seus, profissionalmente sei que fará de tudo para não os deixar beliscar…
Seja leal, mesmo que o cliente, um colega ou o seu próprio líder, numa ou noutra circunstância, o deixem numa situação crítica, com que não consiga concordar. Nada justifica dizer mal da organização, dos pares, do superior hierárquico ou de quem é a razão da nossa existência…
E seja humilde. Se errar reconheça, porque ninguém nasce ensinado nem ninguém evolui sem errar umas quantas vezes. Se brilhar, agradeça qualquer forma de reconhecimento de coração e aprecie o que o seu acto provocou nos outros. Depois marque o momento para si, como uma âncora de sucesso, definitivamente a replicar.
Fazer mais do que lhe pedem
É curioso que quando diagnosticamos as realidades das empresas ficamos consistentemente com a sensação de que, apesar dos tempos serem de elevada exigência, quem faz mais do que se lhe pede dá nas vistas, é incómodo, é alvo de conversa de corredor.
Se as empresas precisam de melhores resultados, se o contexto é complexo, como é que os podemos aportar sem dar mais de nós? A acção que empreendemos no passado, por si só, não nos permite já colher os mesmos frutos.
Já se deu conta de que quem trabalha sem recompensa é quem acaba primeiro? Acima de tudo faça mais… por si, e não pelo que os outros estão a ver ou querem ver.
Sempre me encorajaram a semear para poder colher e continuo a achar que este é um ensinamento precioso.
Todos sabemos que até as pequenas vitórias levam tempo a alcançar. E aqui a paciência é a rainha das virtudes!
Receber e dar de volta…
Nas acções de recrutamento que conduzimos, sobretudo com os candidatos mais novos – a geração Y (ou quase) – deparamo-nos invariavelmente com uma lista pré-concebida de contrapartidas e pré-requisitos de tirar o fôlego aos mais sensatos… Não seria preferível trabalhar primeiro, mostrar resultados e colher os frutos depois?
Quem busca a excelência percebe que para trabalhar bem já tem a sua remuneração. Nos dias de hoje não é mais possível estar à espera que nos paguem mais para nos superarmos; se fizemos melhor, se excedemos expectativas, seguramente soubemos agarrar a oportunidade… há que acreditar que outras virão por acréscimo!
Vivemos numa sociedade laboral em que a maioria dos que precisam de ajuda não a pede e os que a podem dar não se voluntariam. É verdade que a sociedade se tornou mais competitiva, mas creio já termos descoberto que o egoísmo não nos leva muito longe por muito tempo…
Ninguém se torna melhor sem ser mais abundante nos gestos, na partilha. Tome a decisão de liderar pelo exemplo, de se juntar à Equipa, de ajudar o outro a superar e a vencer e surpreenda-se com o que vai receber de volta…
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.