Um quê???
A figura do Mentor tem vindo a ficar um pouco obscurecida com os tempos que correm, em que se fala de Coaching para tudo e mais alguma coisa.
Se nos lembrarmos da evolução na nossa carreira, esta figura lá, quando tivemos sorte esteve ao nosso lado no nosso processo de crescimento profissional.
Eu, no decorrer da minha carreira, tive o prazer de ter alguns excelentes mentores com quem aprendi imenso ao longo da minha vida.
Ainda hoje tenho duas ou três pessoas a quem recorro quando entro num bloqueio mental relativamente a situações que se me apresentam.
São normalmente pessoas que me fazem parar e pensar nas coisas em condições e muitas vezes dão-me direções diferentes para a resolução dos problemas que enfrento.
A figura de um mentor é diferente da de um Coach, no sentido em que pela metodologia de coaching não é suposto darmos caminhos aos nossos “coachees”.
No entanto, nas empresas com quem tenho trabalhado, esta postura nem sempre é suficiente.
Principalmente se estivermos a falar de Dinamização Empresarial.
Não quer dizer que seja obrigatório dar caminhos, mas permite que o processo avance mais rápido se juntarmos a nossa experiência ao processo.
Dado que todos na Ideias e Desafios temos carreiras bastante ricas em termos de evolução profissional, tendo passado por posições de comerciais, chefes de equipa, diretores comerciais, diretores gerais de empresas, entre outras, em diferentes setores de atividade, conseguimos aportar algo de novo aos nossos clientes.
Se por um lado os fazemos parar para pensar no que estão a fazer e como o estão a fazer, por outro não podemos deixar de, em determinadas alturas, os direcionar para as soluções mais apropriadas.
Poderá estar a pensar: mas isso não é o trabalho de um consultor?
À primeira vista sim, mas hoje em dia as empresas já não têm disponibilidade para as habituais práticas de consultoria em que se colocava um profissional, por vezes por longos períodos de tempo, a apoiar a empresa e a fazer o trabalho que ela deveria saber fazer.
A figura do mentor difere, no sentido em que capacita as equipas internas dos nossos clientes e lhes transmite novos conhecimentos, práticas e ferramentas que continuem a dar frutos na empresa após a sua saída.
Por outro lado, ao existir uma preocupação principal como foco do projeto em transferir conhecimento e fazer evoluir profissionalmente as pessoas dos nossos clientes, os projetos têm tendência a ser muito mais bem sucedidos.
Se não, vejam-se os testemunhos que os nossos clientes habitualmente nos deixam:
» Ver Testemunhos
Em termos das áreas que podem ser abrangidas pelos programas de “Formação e Mentoring”, as mesmas diferem consoante as necessidades da empresa.
O processo começa sempre por um diagnóstico inicial com a equipa de gestão e muitas vezes com os elementos das equipas, para que possamos perceber onde é que estão e para onde querem ir, e depois desenharmos um plano em conjunto com eles de como lá chegar.
E é no como lá chegar que normalmente os programas de “Mentoring” fazem a diferença.
Trabalhamos normalmente em intervenções semanais ou quinzenais que permitem ajudar as empresas, mas não criar uma dependência excessiva relativamente a nós.
O processo envolve um grande grau de responsabilização por parte dos nossos clientes, muitas das coisas que sugerimos têm de ser implementadas no prazo acordado sob pena de pararmos o projeto.
Ao fim e ao cabo estamos também lá para os ajudar a responsabilizar-se pelo atingimento ou não dos objetivos do projeto.
Embora trabalhemos em diversas áreas:
- Vendas
- Marketing
- Liderança
- Otimização de processos
- Financeira
… entre outras, é mais comum estes projetos terem uma maior incidência nas vertentes de liderança e motivação e na área comercial.
Sentem-se no tecido empresarial português grandes carências a este nível, a maioria dos líderes não aceita de bom grado que os ajudem.
Por vezes isso seria admitir que têm carências a diversos níveis e ficarem expostos perante as suas equipas.
Na prática, esse pensamento é do mais errado que possa existir; os liderados, ao sentirem que o seu líder é humano e que tem as suas limitações como qualquer pessoa, têm tendência a aproximar-se mais dele e a demonstrar vontade de trabalharem juntos para um objetivo comum.
Isto desde que os líderes demonstrem que erram, mas que estão dispostos a aprender.
Este fator é também motivo de inspiração para as pessoas que lideramos, pois, damos o exemplo de que estamos sempre dispostos a assumir os nossos erros e a corrigi-los, bem como a aprender com eles, mesmo que isso implique procurar a ajuda externa de um mentor.
E a sua empresa? Tem um mentor?
Also published on Medium.
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.