Se sim, é porque já olhou bem para a sua equipa.
A nossa função como coaches não é ser guru, não é ser psicólogo ou consultor. Frequentemente temos um pouco esse tipo de ação e vamos colocando o “chapéu”, mas não é o core da nossa atividade.
Funcionamos um pouco como psicólogos, pois sentimos que apoiamos os empresários e responsáveis de empresas em alturas difíceis, em que falar com a concorrência para debater assuntos é impensável, e ao falar com a família e amigos sentem que não querem dar parte fraca.
Como consultores, por inerência das atividades e ferramentas que auxiliamos a criar e que implicam algum trabalho mais exigente da nossa parte.
Como gurus, pois muitas vezes, nas empresas, as entidades externas que apoiam na motivação e inovação são sempre muito bem aceites… mesmo que repitam as mesmas ideias já ventiladas pela equipa de gestão de topo.
No entanto, as empresas já têm os seus gurus. No trabalho diário com equipas, quer de toda uma empresa, quer de equipas de gestão, de vendas ou de marketing, temos sempre a capacidade de fazer saltar os gurus da cartola.
Mas como conseguimos fazê-lo?
Um dos nossos modelos de ação é a atuação como facilitadores de comunicação. Algumas empresas apresentam como principal problema e causa de desmotivação a falta de comunicação interna, intra e interdepartamental, mesmo quando existem reuniões periódicas envolvendo os colaboradores.
E porque não funcionam? Não existe uma, mas sim várias razões pelas quais isso acontece:
- Falta de participação estruturada;
- Não existência de uma ata;
- Nem todos os colaboradores são convidados a participar;
- Os assuntos tratados são normalmente mais os problemas que as soluções para os mesmos;
- Não há responsabilização por tarefas que tenham sido entregues a cada um;
- Os colaboradores sentem que nada se resolve, mas são poucos os que proactivamente procuram participar e ajudar em algo.
Atuando como facilitadores de reuniões ou como árbitros, promovemos que a comunicação não só tenha emissor como recetor e funcione para os dois lados:
- Os temas a abordar devem ser previamente do conhecimento de todos, sendo que todos terão de os preparar;
- Redução dos assuntos a tratar apostando na “traçabilidade” de projetos. Ou seja, reduzimos os desafios, sendo que para cada um é criado um grupo de ação. Este é responsabilizado por apresentar resultados de cada vez que há reunião. Os colaboradores precisam de entender que muito da empresa passa pelas suas mãos;
- Existe sempre uma ata de reunião e um bloco de tempo destinado à partilha de ideias e brainstorming puro!
E é nestas reuniões que os gurus aparecem! Há imenso potencial criativo e inovador nas empresas, apenas temos de garantir que este é explorado e desenvolvido convenientemente para que TODOS sejam participantes ativos no crescimento da empresa.
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.