Happy Hour! E se tivesse, para que a queria?
É verdade que no nosso dia a dia nas empresas não nos sobra tempo, mas, se o tempo é o que fazemos dele, porque é que não reservamos tempo para outro tipo de situações?!
Uma hora por semana, por quinzena, por mês que seja… Uma hora que esteja na agenda de todos para abrir a mente e dar lugar a pensamento criativo. Uma hora com um formato diferente, talvez num contexto diferente até…
Quando estamos com as nossas pessoas esporadicamente noutros contextos, muitas vezes num ambiente mais informal, somos frequentemente surpreendidos pela sua postura, pelas suas ideias, às vezes obtemos autênticas revelações, ou não concorda? Há sempre um talento escondido.
E porque é que isso só acontece no jantar de Natal ou no outdoor que… até já não conseguimos fazer há dois anos? São momentos importantes na vida das organizações, que dão às pessoas um envolvimento e sentido de pertença muito grandes.
E com os nossos Parceiros e Clientes? Qual o impacto de abrirmos as portas da nossa casa?
São momentos com uma carga emocional e um impacto muito interessantes que, muito provavelmente, poderíamos estar a capitalizar para nos trazerem outro tipo de resultados.
Happy Hour em Equipa
Sabemos que todas as soluções que as empresas disponibilizam aos seus clientes têm um ciclo de vida que tem que ser muito bem gerido para assegurar uma rápida difusão e viabilizar o retorno que se espera do respetivo investimento e introdução no mercado.
Todos sabemos que, nas fases de crescimento e maturidade de cada produto, importa ter a noção clara dos cash-flows que se estão a obter face ao que havíamos previsto. E se a inovação caminha para as fases de maturidade ou declínio, também haverá que pensar as alternativas que viabilizem um crescimento futuro…
E como estamos a considerar estas alternativas e a antecipar as situações? Ou na nossa empresa há ciclos de inovação que têm fim?
Há quanto tempo não pensamos novos produtos, novos serviços, novos negócios?
Porque é que havemos de o fazer sozinhos, o que nos impede de juntar as key people, as chefias intermédias, os team leaders ou os chefes de projeto e desenvolver brainstormings estruturados em torno destas matérias?
Saia do escritório, fuja das salas de reunião, seja disruptivo na forma, mas encontre as suas happy hours… ou não precisa que a equipa se revele este mês, esta semana, hoje?
Happy Hour com Parceiros
É impossível pensar num parceiro sem recordar a fase em que muito estava na moda falar de abordagens win-win… Lembra-se?!
Só trabalha em conjunto quem tem total empatia, quem confia, quem se relaciona, quem está totalmente alinhado, quem tem a mesma garra e energia. Caso contrário, ninguém dá mercado sem receber mercado, ninguém trabalha em conjunto as oportunidades pelos lindos olhos de ninguém… Nos tempos que correm, temos todos que correr atrás de maior competitividade!
E como nos andamos a relacionar com os nossos parceiros? Lembramo-nos de forma esporádica no evento tecnológico, na feira do setor ou quando precisamos de responder a um caderno de encargos? Ou investimos sustentadamente para nos reforçarmos e enfrentarmos em conjunto as saturações de mercado, outras tecnologias ou competidores?
Uma parceria cresce se a alimentarmos, se investirmos nela, tal como investimos nas nossas pessoas…
Ou não precisa de inspiração externa para ser mais arrojado e ambicioso?
Happy Hour para Clientes
Juntar a equipa, juntar os parceiros… e quando é que os nossos clientes se juntam a nós? Só para lhes vendermos?
Vamos ver por outra perspetiva… Haverá um marketing mais eficaz do que aquele que os nossos clientes nos conseguem proporcionar?
É absolutamente fantástico quando falam de nós à cara-metade, ao pai, à sogra, aos filhos, ao cão, ao gato e ao piriquito… Estamos a falar de um buzz tremendo sem qualquer euro de investimento acrescido!
Mas, para que isto aconteça precisamos de, de forma absolutamente sistemática, surpreender quem nos compra.
E sabemos porque nos compram? Costumamos perguntar-lhes?
Qual é a perceção de risco que temos inerente aos produtos? Qual é o grau de confiança do cliente na empresa, nos produtos em si e porque os escolhe? Estamos a falar de escolhas simbólicas ou emocionais? Estamos a falar de uma escolha técnica ou pelo preço?
Claro que não é viável passar a vida a questionar “Sr. Cliente, está satisfeito?” e que um inquérito de satisfação não se pode fazer todos os meses ou trimestres…
Como andamos então a tratar do pico emocional dos nossos clientes?
Convidar um cliente fidelizado e satisfeito a fazer parte da vida da empresa (como se estivesse no organograma) pode ser extremamente eficaz. Já pensou o reforço de empatia, confiança e impacto emocional que, de quando a quando, pode causar numa hora de aposta em relacionamento? Dela, com um bom diálogo, trará as respostas todas às questões anteriores…
Depois, esteja preparado para levar muito a sério o feedback que os seus clientes derem e implementar algumas das suas ideias. Muito se pode inovar e diversificar no processo a partir daqui…
E que estes momentos sejam mesmo Happy, para deixar aquele gostinho que nos faz esperar pelo próximo com toda a expectativa e ansiedade!
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