Não nos vamos iludir, já sabemos que não há fórmulas mágicas para o sucesso, mas há algumas que dão um valente empurrão…
O desafio que lhe queremos propor hoje é que reflita connosco sobre a fórmula: Po – I = Pe, ou seja, em que medida é que o nosso potencial é afetado por um conjunto de circunstâncias que não nos permitem otimizar a nossa performance?
Vamos explorar esta ideia?!
Po (Potencial)
O potencial de cada pessoa depende da estrutura do seu “iceberg de identidade”, do contexto em que cresceu e vive, dos padrões familiares, das pessoas de quem se rodeia, da sua educação e formação, das experiências vividas e da sua própria personalidade.
No nosso dia a dia, tanto no plano profissional como pessoal, somos confrontados com imensas situações mais ou menos exigentes – para uns são problemas, para outros são oportunidades. As escolhas que fazemos ou a reposta que damos às situações resultam nas nossas experiências.
Quantos mais desafios tivermos, quantas mais experiências vivermos, quanto mais aprendermos e ganharmos competências, quanto mais estimularmos a nossa criatividade, quanto mais feedback obtivermos dos outros, quanto mais investirmos no nosso desenvolvimento, mais estaremos a desenvolver o nosso potencial. E se o fizermos relativamente aos nossos colegas, não estaremos a contribuir exponencialmente para o crescimento do potencial coletivo?
Então, de que estamos à espera?
I (Interferência)
Ou ainda estamos focados nas interferências e não conseguimos dar este salto?
Vamos assumir como fatores de interferência tudo o que nos desvia ou impede de percorrer um caminho específico, tomar certas opções ou agir de determinado modo para alcançar os sonhos, ou os objetivos delineados.
Mas que ruído é este? Está em nós? Está nos outros?
A interferência tem nome, chama-se medo, falta de confiança, falta de liderança, focalização, inveja, a opinião que não queríamos ouvir, o sucesso dos outros, as notícias que lemos ou vemos na televisão, … até se chama, adivinhem, isso mesmo…, a inflação.
A maior interferência está, de facto, em nós. Nos “não consigo” de cada um, nas nossas boas desculpas, no que sai da nossa zona de conforto. Acha que se continuar a dizer a si próprio “não consigo, porque não sei ou nunca fiz, não sou bom a fazer chamadas a frio, não sei lidar com a equipa, não tenho tempo para pensar o negócio” ou outras situações deste género, vai conseguir ter mais sucesso?
Nós próprios somos, muitas vezes, o nosso maior inimigo, a maior barreira que nos impede de maximizar o nosso potencial, de chegar a, ou mesmo superar, as metas que traçamos, ou de colocar metas mais ambiciosas. Não estará já na altura de pensarmos positivo?
Depois temos os outros… O(A) nosso(a) melhor amigo(a) que a cada nova ideia nos diz “Tu és louco, vais fazer isso numa altura destas?”, a família que nos sugere mais calma, mais cautela, a Administração ou Direção da empresa que decreta medidas de cost control e lá fica o orçamento todo congelado, a nossa equipa que diariamente faz um chorrilho de lamentações, etc., etc. Dava vontade de os sacudir a todos, não dava? Mas é que se não o fizermos pelo menos no nosso subconsciente, não vamos mesmo ter condições de lançar novas iniciativas, fazer determinadas coisas de forma diferente ou ter a coragem de nos desafiar a ponto de alcançar um patamar diferente de resposta ao mercado.
É preciso perceber e conhecer os fatores de ruído que estão à nossa volta, é importante avaliar os impactos que possam ter no nosso negócio, mas é absolutamente crítico separar o trigo do joio e pôr o que nos impede de progredir para trás das costas. Acima de tudo, não fique à espera de tempos melhores…
Pe (Performance)
Os tempos serão melhores consoante aquilo que tivermos a capacidade de operacionalizar nesse sentido. A partir do momento em que corrigirmos esta postura e ajustamos os nossos comportamentos e ações, teremos toda a credibilidade e congruência para o fazer junto das nossas equipas.
A performance individual e coletiva nas empresas depende de como desenvolvemos e aplicamos o nosso potencial. Por mais fantástico que ele seja, por mais brilhantes que sejam os talentos que temos nas equipas, se não os pusermos a render no rumo certo, a performance ficará, no melhor dos casos, no nível em que sempre esteve e os resultados serão, no limite, … iguais!
Não fique agarrado às interferências e transforme de vez o seu negócio em 2024!
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