
Aproveitando o mote deste desafio que tem inundado de fotos as redes sociais nos últimos dias, vamos lá sair de nós, das diferenças na moda, da chegada dos cabelos brancos e das rugas e alguma curvinha de bem-estar que o tempo possa ter trazido, e pensar de forma mais abrangente no que mudou entre 2009 e 2019.
Em 2009 acabava de surgir a TV HD, não se falava de redes sociais e os smartphones eram um vislumbre para a maioria das pessoas; nesse mesmo ano, assistimos à morte de Michael Jackson, à tomada de posse de Obama, e o mundo começava a reerguer-se da queda do gigante financeiro Lehman Brothers.
Em Portugal, nesta década, presenciámos a maior crise dos últimos 80 anos, o salário mínimo subiu de 450€ para 600€, e o desemprego, que estava na casa dos 2 dígitos, é hoje de cerca de 6%. A população empregada diminuiu muito por culpa da emigração (com forte peso na emigração jovem) e as melhorias mais interessantes parecem ter-se registado nas exportações e no turismo.
E na sua empresa, o que mudou? E quanto a si, quais são as diferenças que reconhece na sua forma de trabalhar?
Negócio
A realidade empresarial desenrola-se hoje a umavelocidade vertiginosa. O paradigma do conhecimento mudou mais na última décadado que nos 20 ou 30 anos anteriores…
As empresas viram-se obrigadas a dar um salto tecnológicopara inovar e garantir a sua competitividade no mercado. A digitalização tornou-seuma realidade e as empresas tiveram de adaptar-se e implementar Programas deMudança transversais, que endereçassem simultaneamente a dimensão humana e avertente tecnológica.
O Cliente alterou os hábitos de consumo e faz-nos hojechegar até ele mais rápido e para além dos canais de comercializaçãotradicionais.
O digital mudou a forma como a comunicação é feita com umimpacto significativo no Marketing, já que o mundo está cada vez maisinterligado e que a conectividade dos consumidores é permanente, sem que talseja sinónimo de que eles tenham mais tempo para dedicar à sua marca, visto queas alternativas são cada vez maiores. As marcas têm hoje de ir ter com ocliente, captar-lhe a sua atenção e passar a mensagem de forma eficaz e noformato que o consumidor quer ouvir / ver.
Será que na nossa empresa soubemos identificar opotencial desta transformação digital?
Equipa
O salto tecnológico, a par com a multiplicidadegeracional, veio colocar um desafio acrescido ao dia-a-dia das empresas.
Atracção e retenção de talentos, Recrutamento 4.0, BigData, Machine learning e Employer branding estão entre os novos desafios que secolocaram à gestão de recursos humanos e à liderança das equipas.
As Empresasnecessitaram de aprender a lidar e a saber tirar o melhor partido daconvivência de 4 gerações distintas no mercado de trabalho, dos Baby Boomersaos recém-chegados mileniais, potenciando o que cada um tem de melhor, semdescurar que todos têm factores motivacionais muito distintos.
Para os maisvelhos, o aumento das interfaces tecnológicas, a rapidez da circulação dainformação e a ascensão de muitos Y a cargos de chefia com apenas 30 anos, gerauma ansiedade constante e a sensação de que tudo é virtual, acontece rápidodemais e por isso é pouco sedimentado.
Para os maisnovos, fãs da conectividade e do trabalho remoto, para quem todo o conhecimentoestá à distância de um clique, apologistas do equilíbrio vida pessoal / vidaprofissional, a cultura da empresa, a estratégia, os procedimentos e aexperiência dos mais velhos pouco parecem dizer…
E esta convivência veio alterar a forma como se delega,orienta e controla trabalho… Hoje são as empresas que procuram tornar-se atractivase ser um “great place to work” paraque consigam angariar e reter nos seus quadros os melhores talentos.
A própria abordagem àformação enriqueceu-se para além da formação presencial em sala, com outras vertentesformativas de alto impacto que permitam incrementar o conhecimento e capacidadede aplicação imediata das aprendizagens por cada colaborador, como o CoachingIndividual, o Microlearning e o Gamification.
E será que soubemos adequar a estratégia de RH àsexigências da nova realidade?
EU
Ui… prontos para a reflexão mais desafiante?!
Como mudou nos últimos 10 anos enquanto EU líder, EUcolega, EU colaborador, EU gestor de cliente, EU em todos os papéis?
Em que medida é que as novas ferramentas agilizaram aforma como trabalha, como acede à informação ou influenciaram a sua relação como cliente?
Como convive com as outras gerações? Soube combinaradequadamente as exigências do salto tecnológico com as exigências emocionaisno relacionamento com as suas chefias / os seus pares / subordinados?
E em termos de employer branding, deixou-se contagiar? Comoanda a sua pegada digital? Como é que se dá a conhecer ao mercado, com queconteúdos contribui nas redes sociais? Faz por se manter atractivo para quemrecruta?
Efectivamente, estamos sempre a dizer que mudar é bom e necessário, mas será que tirámos o melhor partido da última década?! Mesmo que se sinta um pouco parado no tempo, e por falar em velocidade vertiginosa, vamos lá enfrentar da melhor forma o próximo desafio 2019-2029!
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